Movimentos na justiça pretende contribuir para um exercício de compreensão do papel que o direito pode assumir com» resistência transformadora face às formas de opressão, silenciamento e degradação que se encontram alojadas nas estruturas dominantes das nossas sociedades. A autora explora as possibilidades do uso do direito a partir da experiência do movimento ambientalista português. A luta ambientalista assume um papel importante no quadro social e político da sociedade portuguesa pela sua visibilidade e pela sua intervenção. Nesse cenário, o movimento ambientalista tem demonstrado uma particular vocação para recorrer ao direito e aos tribunais. Retratando a evolução do movimento ambientalista em Portugal, dando voz aos/às activistas e analisando os mecanismos de acesso ao direito e à justiça de que dispõem, este livro explora criticamente a tensão entre o potencial transformador e desmobilizador do direito nas lutas dos movimentos sociais.