Apresentação de livro

«Novo Mundo – Arte Contemporânea no Tempo da Pós-Memória» de António Pinto Ribeiro

16 de setembro de 2021, 18h00

Auditório 3, Fundação Calouste Gulbenkian (Lisboa)

Apresentação

Apresentação de Novo Mundo – Arte Contemporânea no Tempo da Pós-Memória (2021) por Dino D' Santiago e Margarida Calafate Ribeiro.

Trata-se de uma edição um livro sobre obras e sobre artistas que praticam diversas linguagens e géneros artísticos - do cinema à música, das artes visuais ao teatro, à dança e à fotografia. Têm em comum memórias que lhes foram transmitidas pelos pais e avós de origem africana, memórias diferidas e apropriadas segundo cada um e que, hoje, constituem parte da matéria das suas obras. São por isto designados artistas na condição de pós-memória. Atualmente abrangem duas gerações de artistas que protagonizam muito do que é pertinente, ousado, expressivo e crítico nas artes europeias contemporâneas.

Pela natureza das suas obras, estes artistas são portadores de um presente tão inovador quanto urgente e a sua presença transnacional e transterritorial transporta consigo uma energia combativa face às heranças do colonialismo e ao racismo, a par de clamarem pela urgência de descolonização dos cânones e pela necessidade de uma re-escrita das histórias de África e da Europa, e não só da História de Arte..



Sobre o autor

António Pinto Ribeiro é licenciado em Filosofia (1980, UCL), Mestre em Ciências da Comunicação (1995, UNL), Doutorado em Estudos de Cultura (2015, UCL). Leccionou em várias Universidades Portuguesas e Estrangeiras. Foi diretor artístico e curador responsável em várias instituições culturais portuguesas, nomeadamente da Culturgest e da Fundação Calouste Gulbenkian. Foi comissário geral de "Passado e Presente - Lisboa Capital Ibero-Americana da Cultura 2017". Os seus principais interesses de investigação desenvolvem-se na área da arte contemporânea, especificamente africanas e sul-americanas. Das suas dezasseis publicações em livro destacam-se: "África os quatro rios - A representação de África através da literatura de viagens europeia e norteamericana" (2017), Peut-on décolonizer les musées? (2019). Como editor destaca: "A urgência da Teoria" (2007), "Lições, I e II" (2008), "O Desejo de Viver em Comum" (2018).