Linhas de Investigação
Transformação Social, Cidadania Económica e Democratização da Democracia
Pretende-se desenvolver uma análise comparada e em diferentes escalas territoriais de: interações institucionais e sociais pela construção de formas participativas e culturas democráticas de alta intensidade; desafios em torno da cidadania económica, através de uma análise multidisciplinar (jurídico-económica e psicossocial) dos processos de consumo e endividamento das famílias; processos de inovação social e defesa de bens comuns articulados com uma utilização crítica e reflexiva das tecnologias de informação e comunicação.
Estado, Administração da Justiça e Acesso ao Direito
É nosso objetivo promover e fortalecer instrumentos teóricos e metodológicos que permitam compreender os modos como direito, justiça e democracia interagem, e avaliar as implicações políticas de reformas e transformações legais e estruturais do Estado e da sociedade. Reconhecendo a diversidade sociojurídica das sociedades contemporâneas, a investigação incide sobre as reformas em curso dos sistemas judiciais, inovação judicial, formulação de políticas e acesso à justiça, fazendo dialogar direito, sociologia, psicologia, economia, ciência política, entre outros campos do conhecimento.
(Anti-)racismo, Colonialismo e Pós-colonialismo
Investigação e debate do enraizamento histórico das abordagens dominantes ao racismo e antirracismo. Considerando os legados do colonialismo, questionam-se noções como ‘integração’, ‘interculturalidade’ e ‘coesão social’ na academia e nas políticas públicas. Esta linha de investigação, e o contínuo diálogo com os movimentos antirracistas, ajuda a ampliar a compreensão das lógicas pós-coloniais do racismo institucionalizado e a mapear alternativas ao seu combate. A produção de conhecimento contextualizado beneficia o desenvolvimento de atividades de formação e divulgação com relevância social e política.
Epistemologias, Memórias e Reconhecimentos
As três linhas de opressão e discriminação que marcam o mundo moderno em tempos e espaços distintos – capitalismo, colonialismo e patriarcado – traçam linhas abissais que impedem o reconhecimento das realidades do “outro lado”. Este pensamento eurocêntrico e hegemónico gera diferenças abissais, invisibilizando as memórias da violência colonial. Esta linha de investigação privilegia as Epistemologias do Sul, procurando ampliar as possibilidades de conhecimento, abrindo-se à diversidade, reivindicando justiça cognitiva, promovendo o reconhecimento dos saberes e memórias dos/as “deserdados pela história eurocêntrica”.
Género, Sexualidade e Deficiência.
A investigação em torno do género, da sexualidade e da deficiência é hoje uma arena significativa no trabalho académico a nível nacional e internacional. Esta linha de investigação considera os diversos eixos de opressão e resistência a partir dos quais corpos e identidades não-normativas exigem reconhecimento. Partindo da premissa de que o pessoal é político, temas como cidadania íntima e relacional, multiparentalidade, fluidez de género e deficiência, entre outros, adquirem particular relevo no âmbito dos vários projetos desenvolvidos.