Seminário

Museologia e Cidade: Diálogos Ausentes

18 de maio de 2017, 10h00

Casa dos Amigos do Minho (Lisboa)

Enquadramento

Est atividade, adotando o princípio da multivocalidade, respeitando o direito a voz e o direito a escuta, propõe para o dia 18 de Maio - Dia Internacional dos Museus, discutir as práticas de auscultação e do diálogo simétrico, no âmbito da Sociomuseologia. A partir das narrativas de Associações Culturais de Lisboa e da Área Metropolitana sobre os trabalhos que estas vêm desenvolvendo acerca das memórias, identidades e patrimónios no território onde atuam, propõe a escuta ativa partir do lugar de enunciação dos diversos grupos sociais que compõem a cidade, que na maioria das vezes, não estão representados nos espaços de memórias, sobretudo nos museus.

O ICOM elegeu como tema para o 18 de maio, dia Internacional dos Museus o tema “Museus e histórias controversas: Dizendo o indizível nos museus.” Esta proposta destaca o papel dos museus como lugares de encontro e de mediação nas relações entre os povos. O tema nos convida à reflexão sobre formas e caminhos para aceitar os passados controversos como um primeiro passo para imaginar um futuro comum a partir da diversidade.

A escolha do indizível nos museus, como tema de trabalho, convida-nos a atuar na mediação dos traumas de histórias passadas, dando espaço e respeitando o direito de voz e de escuta da diversidade de pontos de vistas, procurando imaginar novos futuros construídos com base na Dignidade Humana, e incluir temas e questões tabus que permitem uma compreensão mútua.

A nossa proposta neste Seminário surge a partir da nossa observação dos diálogos ausentes com a cidade contemporânea por parte de alguns setores da Museologia. A cidade contemporânea nos impõe desafios que muitas vezes passam à margem dos museus. Compreendemos que os museus não podem ser reféns dos seus acervos e têm a possibilidade de refletir e problematizar questões nevrálgicas que atingem as cidades nas quais esses espaços oficiais de memórias estão inseridos.