Encontro

18.º Encontro do Movimento Internacional para uma Nova Museologia

12 a 14 de outubro de 2017

Museo Provincial Superior de Bellas Artes Evita (Cordoba-Argentina)

Resumo

O  Comité Internacional para uma Nova Museologia de ICOM. MINOM reúne trabalhadores de museus e instituições culturais que, comprometidos através de ações diretas em suas comunidades, assumem os debates, interesses e propostas sociais das conectividades em que estão implicados como mediadores e educadores patrimoniais.

Cada ano, os membros do MINOM organizam reuniões e intercâmbios regionais abertos a toda comunidade interessada. A Nova Museologia, surgida em 1972 na Mesa Redonda de Santiago de Chile, proõe uma aproximação antropológica ao patrimônio, correndo o olhar do objeto para centrar-se nos sujeitos e nas relações sociais, culturais, simbólicas, políticas e econômicas que propiciaram sua materialidade e sua imaterialidade. Assim, a atenção passa do objeto às pessoas e grupos sociais. Pela primeira vez as Conferencias Internacionais do MINOM terão lugar em nosso país, do outro lado da cordilheira, onde se propôs pela primeira vez a opção de museus com-e-para a comunidade. Neste marco, convidamos a tratar dos eixos temáticos de profunda atualidade em nossa região:

EXO 1: Museus, ações patrimoniais e experiências educativas em espaços de privação da libertade. Jovens e adultos privados da libertade são incorporados a instituições de regimes fechados que historicamente tem estado associadas a fins de controle e normalização. Esta perspectiva, que se modifica a partir do aporte dos direitos humanos, dá lugar a outras experiências possíveis -experiências liberadoras- dentro desses espaços. O museu como espaço de comunicação e de construção de sentidos, e o patrimônio como a materialidade que guarda em si a memoria e as identidades individuais e coletivas, se abre como direito e ferramenta ante a necessidade social de desenvolver possibilidades para modificar o dado.

EXO 2: Museus e ações patrimoniais em torno a questões de gênero.
Vale recorrer qualquer museu do mundo para encontrar expressões artísticas ou referências materiais que contribuíram para perpetuar práticas naturalizando a desigualdade e outras formas de violência. No escapam a este debate a definição de recursos do feminino e do rol social da mulher, para pôr somente um exemplo. Diante da mudança de paradigma, vale a pena revisar como os museus e a interpretação do patrimônio que estes guardam favorecem outras construções e reconhecimentos possíveis à questão de gênero em sua ampla e rica diversidade.