Seminário

Museologia e Movimentos Sociais

Paulo Peixoto

Pedro Pereira Leite

Vladimir Sibilla

11 de março de 2016, 10h00

Sala 2, CES-Coimbra

Resumo

As recentes manifestações urbanas no Brasil serviram de palco para um levante: o levante da multidão, uma multiplicidade de singularidades cuja excedência criativa põe a forma-museu moderna (institucional) em xeque.

Diante dela, precisamos considerar um novo modelo de museu: não mais centrado em uma relação contratualista, mas atento à produção do comum; não mais restrito ao edifício ou ao território, mas relacionado com uma rede de redes; não mais a serviço do desenvolvimento de um público ou população, mas uma ferramenta para a autonomia da multidão; não mais focado no objeto ou no patrimônio, como o conhecemos, mas nas dinâmicas comunicacionais. Um não-museu, um pós-museu, um museu do acontecimental, do encontro entre praxis e poiesis.

De que forma os processos museológicos e a museologia podem dialogar com representações do excesso e da monstruosidade é o ponto de partida para este seminário que explora as potencialidades emancipatórias da transição paradigmática em lugares alternativos às produções de saberes hegemónicos.

A partir do diálogo entre a museologia e a antropologia e as teorias da comunicação, interrogam-se os processos de representação sobre o êxtase como experiencia social em três lugares: Brasil, Portugal e Moçambique.
 

Intervenções de Vladimir Sibilla (UNIRIO), Pedro Pereira Leite (CES) e Paulo Peixoto (CES)


Atividade no âmbito do Núcleo de Estudos sobre Cidades, Cultura e Arquitectura | CCArq