Nos últimos cinquenta anos pudemos testemunhar mudanças nos cuidados de saúde que trouxeram grandes benefícios. A principal mudança foi decerto a criação do Serviço Nacional de Saúde acessível a todos e praticamente gratuito que se saldou na redução generalizada da morbilidade e da mortalidade, em ganhos sensíveis de saúde e na melhoria da qualidade de vida dos portugueses. Ainda que estes resultados estejam associados a uma melhoria dos padrões de vida e de educação e a uma redução da pobreza e das desigualdades, o certo é que em boa medida eles devem-se a uma intervenção inovadora e decidida dos profissionais de saúde na prevenção da doença e na prestação de cuidados, com o envolvimento das comunidades.

Sabemos que as condições de intervenção dos profissionais e a sua margem de manobra junto das autoridades de saúde mudaram muito de então para cá. Precisamente por essa razão parece importante analisar também a intervenção, do mesmo modo inovadora e experimental, que está a ter lugar nas mesmas áreas.  Porventura a falta de meios constitui uma dificuldade comum às duas gerações em análise, mas há que considerar também novas limitações relacionadas, por exemplo, com a estrutura organizacional e o modo verticalizado de decisão.

Com base nestas considerações decidimos propor a organização de um Encontro com a participação de profissionais, das duas gerações, que se tenham destacado em processos de mudança nos cuidados de saúde pautados pelo seu caráter inovador (superando as rotinas), pela sua dimensão universalista (saúde para todos) e pela importância dada à prevenção da doença e aos contextos (ambientais, sociais, emocionais) que a produzem.

[ Inscrição gratuita, mas obrigatória ]

Organização: Casa da Esquina, Grupo ECOSOL/CES e Grupo de Animação Comunitária