Resumo

Das quase 67.000 empresas industriais que operam hoje em Portugal, menos de 40 são geridas pelos próprios trabalhadores. Por que há tão poucas? Quais são? Como surgiram? Como conseguem sobreviver num mercado competitivo dominado pela lógica do lucro capitalista? O seminário abordará estas questões, explorando as potencialidades e os desafios apresentados por este modelo alternativo de gestão empresarial.  

Nota biográfica

Andrés Spognardi é investigador em pós-doutoramento no Núcleo de Estudos sobre Políticas Sociais, Trabalho e Desigualdades (POSTRADE). É licenciado em Economia Política pela Universidade Nacional de Mar del Plata (Argentina), Mestre em Organizações Cooperativas pela Universidade de Bolonha (Itália) e Doutorado em Ciência Política pelo Instituto Italiano de Ciências Humanas/Scuola Normale Superiore di Pisa (Itália). Foi investigador no Instituto de Investigações sobre a População e as Políticas Sociais (Itália) e investigador visitante nas universidades de Columbia (EUA) e Valencia (Espanha).

Os seus interesses de investigação estão na interseção entre a Sociologia Económica, a Sociologia Política e os Estudos Organizacionais. Combinando métodos históricos e etnografia, o seu trabalho explora a interação entre estruturas socioeconómicas e políticas e organizações económicas não-capitalistas (cooperativas, organizações sem fins lucrativos, empresas autogeridas). O seu atual projeto de investigação, financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT, Portugal), propõe-se a explicar a evolução divergente da autogestão industrial em Portugal e Espanha, desde o momento em que os dois países completaram a transição para a democracia em meados da década de 1970.

Atividade no âmbito do ECOSOL-CES