Resumo

A historiadora Florence Bernault discute a longa e rica experiência das populações e comunidades de África no enfrentamento de endemias, epidemias e pandemias, dando conta das suas relações, desde o período colonial até ao momento atual, com os conhecimentos, teorias, técnicas e modos de ação da biomedicina. As apropriações desta e as contribuições para a construção de sistemas de saúde e de “pluralismo médico” baseados no diálogo da biomedicina com outros saberes e práticas do cuidado e da cura e com os seus protagonistas são parte da resistência e das respostas à história de marginalização, perseguição, segregação e tipificação racial e étnica que caracterizou a dominação colonial e que persiste nas suas manifestações atuais.  

_{Imagem | Local health centers experimenting with coronavirus- sourced from US Government department: Public Health Image Library, Centers for Disease Control and Prevention}