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Authors
Publication date
November, 2013
Abstract
Viajando a Sul, ao encontro da realidade das pessoas cegas em Moçambique, o autor analisa as implicações de uma conceção de cegueira intimamente ligada às dinâmicas socioespirituais. O presente livro fala-nos de um quadro cultural em que, no limite, “não há cegueira sem feitiço”. A partir de uma incursão etnográfica entre as “vidas da cegueira”, Bruno Sena Martins faz emergir um corpo múltiplo que põe no lugar o “feitiço” através do qual a modernidade ocidental inventou a noção de deficiência.
Trata-se de um percurso que procura pôr a cegueira no contexto de resistências situadas: corpos e histórias que reclamam por culturas menos certas dos seus sentidos.