Moderador: Pablo Almada (CES/FEUC)

Resumo

Qual o “mundo do trabalho” português?
Nos dias que correm, refletir sobre o “mundo do trabalho”, significa especialmente considerar o fenômeno da precarização laboral e da condição de precariedade como uma tendência evidente. A avaliação inicial que se pode fazer é que há um amplo processo em curso que afeta a condição imediata do trabalho, mas que tem vindo a ser aceito por muitos como uma “natural” e inevitável.

Em Portugal, devido sobretudo à crise econômica vivida pela  zona euro, o assunto da precariedade passou a estar em voga nos últimos anos, juntamente com outras especificidades: o fechamento de fábricas, o aumento do desemprego, o déficit do sistema público (e a necessidade do Estado em diminuir seus custos e serviços), o baixo crescimento econômico de Portugal, a incipiente produção industrial. Com isso, as “situações de precariedade” estão marcadas pela presença de empregos com poucos direitos laborais, flexibilizados, a base de “recibos verdes”, com muitas horas trabalhadas, baixa remuneração, terceirizados, subcontratados, part-time. Trata-se de um mercado de trabalho estreito para jovens e adultos (em especial para os mais qualificados) e que transita entre a empregabilidade restrita e o crescente desemprego.

Propõe-se assim, um debate com enfoque em cenários para a questão laboral em Portugal, a partir de quatro eixos:
1) Qual o futuro da precariedade e do trabalho em Portugal?
2) O que é ser ou estar precário hoje?
3) Como a precariedade tem vindo a afetar o cotidiano dos trabalhadores?
4) Alternativas e possibilidades de ação coletiva (sindicatos/movimentos sociais)

Organização: Pablo Almada, Roberto Falanga, Lidiane Carvalho, Marcelo Valadares e Leonardo Veronez, do programa de doutoramento 'Democracia no Século XXI' – 2ª Edição (CES) e Juliana Mello Sousa do programa de doutoramento 'Linguagens e Heterodoxias: Histórias, Poéticas e Práticas Sociais'.