Sessão cinematográfica e debate

A Cidade Invisível

António Olaio

Joana Ascensão

Maria Paula Meneses

Teresa Barata Salgueiro

Tiago Castela

January 27, 2016, 17h00

Centro de Informação Urbana de Lisboa (CIUL)

Joana Ascensão

Joana Ascensão é realizadora e programadora de cinema. Realizou “Pintura Habitada” (Grande Prémio para o Melhor Documentário Português de Longa-Metragem do Festival DocLisboa 2006), filme sobre o trabalho da artista Helena Almeida, exibido em diversos festivais internacionais, mostras de cinema, museus e galerias, em Portugal e no estrangeiro. Desde 2009, como programadora da Cinemateca Portuguesa-Museu do Cinema, tem sido responsável pela concepção e organização de ciclos temáticos e retrospectivas de autor, como “Visões do Deserto”; “Marguerite Duras: A Cor da Palavra”; “Filmes das Cooperativas”; “25 de Abril, Sempre – O Movimento das Coisas”; ou, mais recentemente, “Filmes de Fotógrafos-Artistas”.

 

Teresa Barata Salgueiro

Professora catedrática aposentada da Universidade de Lisboa, IGOT, Instituto de Geografia e Ordenamento do Território. Investigadora do Centro de Estudos Geográficos.
Tem-se dedicado à investigação urbana, com destaque para os assuntos respeitantes à produção do espaço urbano e recomposição urbana, paisagem urbana, habitação, exclusão social e comércio. Tem cerca de oitenta títulos publicados.


Tiago Castela

Tiago Castela é historiador urbano e arquitecto. Investiga a relação entre modos plurais de vida urbana e a dimensão política do planeamento urbano, tanto no sudoeste da Europa como no sul de África. Completou um doutoramento em Arquitectura, no programa de História da Arquitectura e do Urbanismo, na Universidade da Califórnia, Berkeley. A sua tese de doutoramento é uma história etnograficamente informada das periferias ilegalizadas de Lisboa no pós-guerra, e dos efeitos de tais periferias na formação do conhecimento arquitectónico e do aparelho do planeamento urbano. É actualmente investigador pós-doutoral do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, onde integra o núcleo de estudos sobre Cidades, Culturas, e Arquitetura (CCArq). Em 2013 e 2014, foi o coordenador de um projecto de investigação exploratória, financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia portuguesa. Este projecto examinou a circulação das imaginações prospectivas do urbano entre Lisboa, Maputo, e Joanesburgo, concentrando-se na figura da periferia. Acredita que é crucial para a investigação ser efectuada em articulação com práticas pedagógicas inovadoras, combinando métodos estabelecidos com a experiência espacial e trocas de conhecimento com cidadãs e cidadãos. Recentemente juntou-se às equipas docentes do programa de doutoramento em Arquitectura e do programa de doutoramento em Pós-Colonialismos e Cidadania Global. 


Maria Paula Meneses

Maria Paula Meneses é investigadora coordenadora do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, integrando o núcleo de estudos sobre Democracia, Cidadania e Direito (DECIDe). É doutorada em antropologia pela Universidade de Rutgers (EUA) e Mestre em História pela Universidade de S. Petersburgo (Rússia). Lecciona em vários programas de doutoramento do CES, sendo co-coordenadora do programa de doutoramento em Pós-Colonialismos e Cidadania Global. Anteriormente foi Professora da Universidade Eduardo Mondlane (Moçambique). De entre os temas de investigação sobre os quais se debruça destacam-se os debates pós-coloniais em contexto africano, o pluralismo jurídico (com especial ênfase para as relações entre o Estado e as “autoridades tradicionais” no contexto africano), e o papel da história oficial, da(s) memória(s) e de “outras” narrativas de pertença no campo dos processos identitários contemporâneos. Participou em vários projectos de investigação, tendo coordenado em 2015 um número da Revista Crítica de Ciências Sociais (nº 106), sobre o tema “Colonialismo, Memória e Violência”. Os resultados da pesquisa sobre a “quente” guerra fria com contexto da África Austral durante os últimos anos da guerra colonial foram publicados em “ALCORA - Novas perspectivas da Guerra Colonial: Alianças secretas e mapas imaginados”. Integra igualmente a equipa do projeto ALICE, liderada por Boaventura de Sousa Santos. Organizou e publicou vários livros e artigos, destacando-se “As Guerras de Libertação e os Sonhos Coloniais” (com Bruno Sena Martins, em 2013), as “Epistemologias do Sul” (com Boaventura de Sousa Santos, em 2009, 2010, 2011, e 2014), “O Direito Por Fora do Direito: As Instâncias Extra-Judiciais de Resolução de Conflitos em Luanda, Angola” (com Júlio Lopes, em 2012), e “Moçambique, das palavras escritas” (com Margarida Calafate Ribeiro, em 2008). Tem ainda o seu trabalho publicado em revistas e em relatórios de diversos países, incluindo Moçambique, Espanha, Portugal, Senegal, Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha e Colômbia.                     


António Olaio

António Olaio, artista plástico, professor auxiliar de nomeação definitiva do Departamento de Arquitectura da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra. Director do Colégio das Artes da Universidade de Coimbra. Exposições individuais em Coimbra, Lisboa, Porto, Guimarães, Mallorca, Nova Iorque, Berlim, e Frankfurt. Enquanto investigador explora as potencialidades conceptuais da arte enquanto objecto e instrumento de reflexão, nomeadamente nas relações entre o indivíduo e o espaço, entre a experiência plástica e a arquitectura. Das suas publicações são de salientar os livros “I think differently, now that I can paint” que desvenda a latitude da sua intervenção conceptual enquanto artista plástico e “Ser um indivíduo chez Marcel Duchamp” que, através da obra deste artista, sublinha a obra de arte enquanto produção de pensamento.