Coordenação científica: Susana Costa (CES)
Coordenação: Filipe Santos (CES), Carlos Ademar (Escola da Polícia Judiciária)
Formadores/as: profissionais das forças de segurança, cientistas sociais, inspetores da Polícia Judiciária, especialistas forenses, magistrados/as
Destinatários/as: Estudantes de todos os graus de ensino universitário e profissionais (preferencialmente em: Criminologia, Psicologia, Direito, Sociologia, Serviço Social, Ciências Forenses, membros das forças de segurança, emergência médica, Jornalistas, entre outros) interessados/as em adquirir competências nas temáticas a desenvolver nesta Summer School.
A Summer School “Da cena do crime ao tribunal – trajetórias e culturas forenses” agrega temáticas cuja aparente diversidade apenas sublima a sua pertinência e atualidade num plano societal comum e abrangente. Como tal, o programa é pensado em função de necessidades quotidianas de estudantes e profissionais, mas, sobretudo, da aquisição de ferramentas teóricas e críticas relacionadas com o crime e a justiça criminal.
O programa encontra-se dividido em 4 módulos predominantemente expositivos com espaços coletivos de reflexão e de participação em atividades práticas.
O primeiro módulo é integralmente dedicado à investigação criminal, com um enfoque especial na “hora de ouro”, isto é, o momento imediato à ocorrência de um crime e a intervenção que é feita pelos/as profissionais de emergência médica, polícia de proximidade e polícia de investigação criminal. As valências do segundo módulo têm por objetivo enquadrar e complementar as restantes vertentes e conteúdos programáticos. Com o contributo de peritos laboratoriais, este módulo pretende dar a conhecer o papel das tecnologias e a aplicação destas no auxílio à justiça, bem como o impacto do quadro da partilha transnacional de dados.
O terceiro módulo analisa como os vestígios recolhidos na cena do crime são analisados e interpretados pelos tribunais. Adotando perspetivas dos estudos sociais da ciência, e tomando vários casos julgados em tribunais portugueses, procura-se compreender as dinâmicas de construção das narrativas policiais e judiciais, e a integração das tecnologias de ADN no auxílio à justiça.
No último módulo apresentar-se-ão resultados de um projeto de investigação que procurou analisar a configuração das tecnologias de ADN no sistema de justiça criminal, em particular, as perceções dos juízes sobre as tecnologias de ADN. Neste último momento do curso importa também refletir sobre os desafios atuais e emergentes no âmbito da investigação criminal.
No final desta Summer School pretende-se que os formandos/as possam:
1. Compreender melhor a abordagem e os intervenientes na cena do crime;
2. Perceber a trajetória da investigação criminal até ao tribunal;
3. Explorar as implicações das diferentes racionalidades associadas a diferentes atores que compõem a justiça: desde a cena de crime ao tribunal;
4. Refletir criticamente sobre as articulações entre os diferentes atores do sistema de justiça criminal.
Para além da componente expositiva este curso pretende marcar um caráter diferenciador com diversas atividades práticas: simulação de cena de crime; visionamento de um documentário, visita ao museu da Escola da Policia Judiciária e debates de caráter multidisciplinar, proporcionando o encontro com diferentes especialistas.
No final será emitido um certificado de frequência da CES Summer School
Duração: 18 horas
Organização: Centro de Estudos Sociais (Núcleo de Estudos sobre Ciência, Economia e Sociedade – NECES) e Escola da Polícia Judiciária
Esta CES Summer School realiza-se com um mínimo de 20 e um máximo de 35 participantes.