https://ces.uc.pt/summerwinterschools/?lang=1&id=12704

Apresentação

Esta escola de verão internacional do Projeto ALICE – Espelhos Estranhos, Lições Imprevistas: Definindo para a Europa um novo modo de partilhar as experiências do Mundo será lecionada por Boaventura de Sousa Santos.  A escola de verão é constituída por um conjunto de seminários conduzidos em português, inglês e espanhol, e tem por objetivo desenvolver novos paradigmas teóricos e políticos de transformação social, apresentando e discutindo o pensamento crítico de Boaventura de Sousa Santos, a partir de um estudo das suas propostas teóricas e políticas para a transformação social.

As Epistemologias do Sul, termo cunhado por Boaventura de Sousa Santos, procuram dar corpo aos saberes e experiências do Sul global, como metáfora da exclusão, do silenciamento e da destruição de povos e saberes. Subjaz a esta proposta uma diversidade de lugares de enunciação, cujos pressupostos metodológicos e reflexivos, em diálogo, opõem-se a propostas de cariz etnocêntrico.

Subjacente à proposta das Epistemologias do Sul, está a ideia de que no Norte global há um sentimento de exaustão intelectual e política que se traduz como incapacidade de enfrentar, de forma inovadora, os vários desafios que interpelam o mundo nas primeiras décadas do século XXI: social, ambiental, justiça inter-geracional, cultural, histórica e cognitiva. Em contraste, o Sul global, na sua imensa diversidade, apresenta-se hoje como um amplo campo de inovação económica, social, cultural e político, um espaço que se almeja de crescente demodiversidade, onde os diálogos entre saberes traduzem condições de pluriversalidade.

A partir das Epistemologias do Sul, este curso procura ir além (metodológica e teoricamente) do pensamento moderno eurocêntrico, a saber, o pensamento abissal. O pensamento abissal divide o mundo, a partir de uma linha imaginária, entre os que estão “do lado de cá da linha”, e aqueles que estão “do lado de lá da linha”. Como Boaventura de Sousa Santos sublinha, ‘o outro lado da linha’, o Sul Global, desaparece enquanto realidade, tornando-se inexistente. As Epistemologias do Sul, ao desafiarem a centralidade hegemónica do moderno projeto de matriz eurocêntrica, apostam numa proposta radical de pensamento que promove a mudança social, política e institucional, a partir de um diálogo Sul-Sul, cujas premissas epistémicas desafiam as latências colonias, capitalistas e patriarcais.

As principais premissas das Epistemologias do Sul são:
- que a compreensão do mundo excede largamente a compreensão europeia do mundo;
- que não faltam alternativas no mundo. O que é realmente falta é um pensamento alternativo de alternativas;
- que a diversidade epistémica do mundo é infinita e nenhuma teoria geral pode almejar compreendê-la e explicá-la;
- que a alternativa a uma teoria geral consiste na promoção de uma ecologia de saberes combinados com tradução intercultural.

As Epistemologias do Sul denunciam, por um lado, as intervenções epistemológicas que geraram a supressão dos saberes ao longo dos últimos séculos, fruto da imposição da norma epistemológica dominante; por outro lado valorizam os saberes que resistiram com êxito e as reflexões que estes têm produzido e investigam as condições de um diálogo horizontal entre conhecimentos.  Esse diálogo entre saberes que Boaventura de Sousa Santos dá o nome de ecologias de saberes, está no centro dos objetivos deste curso.

Estes diálogos, e o ensinamento que contém, refletem as inovações que ocorrem em países e regiões do Sul global. Uma aposta exigente, com certeza, para que pressupõe disponibilidade para o reconhecimento mútuo, a compreensão intercultural, a convergência política e ideológica, o respeito pela identidade e celebração da diversidade, condições para um diálogo mais democrático entre o Sul global.

Ao por em contacto os estudantes com Boaventura de Sousa Santos (com o seu pensamento crítico e reflexivo) o curso constituir-se-á como um espaço privilegiado para discutir possibilidades de transformação social, política e institucional a partir do Sul global.
 

O que distingue a nossa escola?

A Escola de Verão nasce das Epistemologias do Sul, uma proposta epistemológica que assenta no combate ao desperdício de experiência resultante da dominação epistémica que rotula como irrelevante o que não cabe no cânone estreito do conhecimento moderno. Gerada no desafio do diálogo entre saberes, faz parte do ambicioso projeto de construir uma cartografia mais emancipatória, onde caibam línguas faladas, histórias, opções políticas, resistências e lutas excluídas das narrativas oficiais ou classificadas como inferiores e irrelevantes.

Propomos diversidade e unidade. Por um lado, reconhecemos as extraordinárias diferenças que compõem o Sul global ao nível macro e micro e sabemos que insistir no singular é sempre adiar o reconhecimento da diversidade epistemológica do mundo. Trazemos experiências e saberes de África, da América Latina, da Ásia. Por outro lado, estamos convictos de que a experiência colonial comum permite a constituição de um Sul global, onde a condição pós-colonial se impõe cada vez mais na análise e na caracterização das condições políticas específicas.

Esta Escola de Verão irá funcionar como laboratório social activo onde académicos, estudantes e ativistas procurarão respostas através do estudo de lutas contemporâneas. Partindo de um diálogo com os participantes sobre as suas próprias experiências e projectos para mudar o mundo, esta Escola de Verão procura alargar criticamente as discussões e as perspectivas, num espírito de partilha e compreensão mútua. A particularidade do curso residirá nas narrativas que reflectem a diversidade das Epistemologias do Sul e fortalecem a ecologia de saberes.

O imaginário epistemológico presente nesta Escola de Verão extravasa o registo científico convencional. Reconhecemos a produção de conhecimento para lá das paredes da academia e procuramos que a produção artística desafie a imaginação política e a criatividade subversiva, procurando ampliar os sentidos do mundo. Nesse sentido, este curso é também feito de arte, e de experiências de sabores. Os momentos que extravasam os espaços convencionais de aula serão tão importantes quanto os seminários. O desafio é amplo: aprender a sonhar coletivamente e a explorarmos a alquimia inquietante da arte e da justiça social.

Propomos dez dias de construção coletiva, compostos por diferentes momentos, que incluem seminários, oficinas, sessões de cinema, conversas informais, espaços de lazer, e desafios gustativos, todos eles relevantes para a construção coletiva de um conhecimento mais plural e inclusivo, com a justiça social como horizonte.

 

Objetivos

O curso está estruturado em torno de 6 eixos principais:

  1. Desafios teóricos colocados pelas Epistemologias do Sul;
  2. Desafios metodolócgicos suscitados pelas Epistemologias do Sul;
  3. Novos constitucionalismos e as possibilidades que colocam para refundar o Estado e ampliar a cidadania;
  4. Condições e possibilidades para democratizar a democracia;
  5. Outras economias para além das propostas desenvolvimentistas;
  6. Direitos humanos e outras gramaticas da dignidade humana.

O curso está organizado em torno de várias questões às quais se juntarão as trazidas pelos participantes: Porquê as Epistemologias do Sul? Como descolonizar o conhecimento? O que são e para que servem os diálogos Sul-Sul?Como ir do desenvolvimento alternativo às alternativas ao desenvolvimento? O que é a cidadania a partir dos que não são cidadãos? Como democratizar a democracia? O que serão os direitos humanos ante nomes não-ocidentais? O que será uma teoria sociojurídica da indignação? Pode o constitucionalismo ser transformador? Como reinventar as esquerdas? 

Metodologicamente prevemos cinco espaços privilegiados de discussão:

  1. Aulas e Oficinas
  2. Discussões de Grupo
  3. Imaginário epistemológico: Este espaço-momento procura alargar os diálogos epistemológicos num contexto em que a arte se funde com os sabores de forma a ampliar a imaginação política e encontra a criatividade rebelde. A ideia é desafiar a perspectiva racional dominante através de criatividades subversivas. Dançarinos/as, cozinheiros/as e outros/as artistas irão inspirar os membros da Escola de Verão a sonhar colectivamente e a explorar a alquimia inquietante das artes e da justiça social. Nestes momentos, que contemplam diferentes estilos e formas de arte, serão visíveis as nuances da tradução intercultural.
  4. Chá, café e torna-viagem: momentos para discussões mais informais.
  5. Introspeção: as sessões de cinema documental têm como objetivo dar corpo às discussões, colocando em perspetivas os eventos e as pessoas.

Além disto, pode vivenciar-se a manifestação de um tema na perspectiva do indivíduo vis-à-vis formas colectivas de práticas artísticas. Assim, numa experiência enriquecedora de aprendizagem mútua, somos conduzidos à construção de pontes sobre o fosso que separa professores/as e estudantes, criando ligações e/afectivas entre ambos, promovendo trocas mais abertas, livres e mútuas de diversas práticas que assumem formas muito diversas.

No final do curso cada participante receberá um certificado de participação na Escola de Verão.

 

 

Candidatos

O curso reúne estudantes, académic@s, profissionais e ativistas de diferentes áreas do conhecimento. 

Número máximo de inscrições: 80

Número mínimo de inscrições: 15

 

 

Nota: Devido ao avultado número de candidaturas, a coordenação da escola de verão decidiu aumentar o número de vagas inicialmente previsto (40) até ao limite máximo de participantes com que é possível realizar o curso sem prejudicar a qualidade das discussões ou pôr em causa o bem estar de todos e de todas.

 

 

 

 

 

Candidatura, inscrição e propina

I. CANDIDATURA



As candidaturas ao curso podem ser feitas a partir do dia 26 de outubro de 2015. A primeira ronda de candidaturas termina a 15 de fevereiro de 2016.

Todos/as os interessados/as em participar na Escola de Verão devem preencher o formulário abaixo, anexando uma breve carta de motivação e o curriculum vitae. A carta de motivação pode ser escrita em inglês, português ou espanhol.

Os/as candidatos/as receberão uma confirmação de que a candidatura foi recebida.

O curso está limitado a 40 participantes. Os/as candidatos/as serão notificados da aceitação ou não aceitação até ao dia 31 de março.

Existem 3 bolsas de estudo, cobrindo a participação integral no curso (taxa de inscrição, alojamento, alimentação e transporte de Coimbra para a Curia e o regresso). As candidaturas serão recebidas a partir do dia 26 de outubro 2015 até a 15 de fevereiro de 2016. A candidatura à bolsa de estudo deverá ser feita simultaneamente com a candidatura ao curso, selecionando a opção "Candidatura à Bolsa" no formulário de candidatura ao curso e deverá incluir os seguintes documentos:

  1. CV detalhado do/da candidato/a
  2. Carta detalhada sobre os interesses académicos/participação em movimentos sociais do/da candidato/a
  3. Justificação da candidatura à bolsa.   

 

FORMULÁRIO CANDIDATURA AO CURSO    

 

                                  

II. INSCRIÇÃO


Até ao dia 20 de abril, os/as candidatos/as aceites deverão proceder ao pagamento de um depósito no valor de 100€. Este valor, não reembolsável em caso de desistência, será descontado no valor total da propina caso a inscrição seja concluída.

Após o pagamento de depósito, os/as participantes deverão proceder à inscrição dentro dos prazos previstos. Existem vários tipos de inscrições, com diferentes valores de propina.

INSCRIÇÃO NA ESCOLA DE VERÃO:
 

Registo antecipado (até 30 de abril) 
pagamento até 1 de maio
Estudantes: 880€
Geral: 1180€
Registo tardio (até 30 de maio)
pagamento até 1 de junho
Estudantes: 1180€
Geral: 1380 €

O prazo para o pagamento do valor total da propina é 1 de maio (inscrições antecipadas) e 1 de junho (inscrições tardias). Em caso de desistência, o valor da propina será reembolsado (com exceção dos 100 euros de depósito) quando a notificação da desistência for feita pelo menos 45 dias antes do início do curso. Qualquer cancelamento após o dia 17 de maio não será sujeito a reembolso.

A notificação da aceitação será acompanhada de orientações para que o/a participante saiba como proceder ao depósito, à inscrição e ao pagamento da propina.

A comissão organizadora não ficará responsável pela obtenção de vistos ou fundos de apoio. No entanto, está disponível para prestar apoio aos/às participantes. Os/as participantes podem solicitar à organização documentos necessários para a viagem ou obtenção de fundos, nomeadamente cartas-convite.

Para qualquer questão relacionada com estes assuntos, por favor contacte a comissão organizadora: alicesummerschool@ces.uc.pt.
 


A PROPINA INCLUI A PARTICIPAÇÃO NOS SEMINÁRIOS; ALOJAMENTO EM QUARTO PARTILHADO NO HOTEL DAS TERMAS DA CURIA;  PEQUENOS-ALMOÇOS, ALMOÇOS E JANTARES DURANTE O CURSO; LANCHES; MATERIAIS DE LEITURA;  O TRANSPORTE IDA E VOLTA COIMBRA - CURIA.
ATENÇÃO, A PROPINA NÃO INCLUI A VIAGEM INICIAL ATÉ COIMBRA.

 

 

Candidatura

As candidaturas estão fechadas.

Coordenadores/as das oficinas

 

AULAS MAGISTRAIS

 

Boaventura de Sousa Santos

Boaventura de Sousa Santos é professor de sociologia na Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra; Distinguished Legal Scholar na Faculdade de Direito da Universidade de Wisconsin-Madison e Global Legal Scholar na Universidade de Warwick. É o Diretor Científico do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra e Coordenador Científico do Observatório Permanente da Justiça. Dirige o projeto ALICE – Espelhos Estranhos, Lições Imprevistas.
Publicou largamente sobre os processos de globalização, o direito e a justiça, o Estado, epistemologia, democracia e direitos humanos, em português, espanhol, inglês, italiano, francês e alemão.
Entre as suas publicações recentes mais relevantes em português encontram-se: Se Deus fosse um ativista dos direitos humanos (Cortez Editora, 2013); Epistemologias do Sul , (Cortez, 2012);Renovar a teoria crítica e reinventar a emancipação social (Boitempo, 2007); A gramática do tempo. Para uma nova cultura política (Afrontamento, Cortez, 2006); Fórum Social Mundial: Manual de Uso (Cortez, Afrontamento, 2005); A Crítica da Razão Indolente: Contra o Desperdício da Experiência (Afrontamento, Cortez, 2000).  > saber mais

 

 

 

 

COORDENADORES/AS DAS OFICINAS

 

Bruno Sena Martins

Bruno Sena Martins é licenciado em Antropologia pela Universidade de Coimbra e Doutorado em Sociologia pela mesma instituição. Tem dedicado o seu trabalho de investigação aos temas do corpo, deficiência, direitos humanos e pós-colonialismo. Investigador do Centro de Estudos Sociais desde 2011, é Co-coordenador do Núcleo de Democracia, Cidadania e Direito (DECIDe). É Co-coordenador executivo do Programa de Doutoramento "Human Rights in Contemporary Societies". No contexto do Centro de Estudos Sociais tem integrado a equipa de vários projectos de investigação dedicados a temas como os Direitos Humanos, Pós-colonialismo e a deficiência. No âmbito da sua pesquisa tem trabalho de campo realizado em Portugal, na Índia e em Moçambique. Realizou dois filmes documentais de divulgação científica. Em 2006, publicou o livro 'E se Eu Fosse Cego: narrativas silenciadas da deficiência', galardoado com Prémio do Centro de Estudos Sociais para Jovens Cientistas Sociais de Língua Oficial Portuguesa. > saber mais 

 

João Arriscado Nunes

João Arriscado Nunes é Professor Catedrático da Universidade de Coimbra, co-coordenador do Programa de Doutoramento "Governação, Conhecimento e Inovação" e Investigador  do CES. Foi Pesquisador Visitante na Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), no Rio de Janeiro. Os seus interesses de investigação centram-se nas áreas dos estudos de ciência e de tecnologia (em particular, da investigação biomédica, ciências da vida e da saúde pública, da relação entre ciência e outros modos de conhecimento), da sociologia política (democracia, cidadania e participação pública, nomeadamente em domínios como ambiente e saúde) e teoria social e cultural (com ênfase no debate sobre as "duas culturas"). Mais recentemente, coordenou os projectos de investigação "Avaliação do estado do conhecimento público sobre saúde e informação médica em Portugal", no âmbito do Programa Harvard Medical School - Portugal e  "BIOSENSE". Coordenou e participou em vários projectos nacionais e internacionais. Co-organizador dos livros Enteados de Galileu: A Semiperiferia no Sistema Mundial da Ciência (Porto: Afrontamento, 2001); Reinventing Democracy: Grassroots Movements in Portugal (London: Frank Cass, 2005) e Objectos Impuros: Experiências em Estudos Sobre a Ciência (Porto: Afrontamento, 2008) e autor de publicações diversas.  > saber mais 

 

José Manuel Mendes

José Manuel Mendes é Professor na Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra e investigador no Centro de Estudos Sociais. A sua investigação tem-se centrado nas áreas das desigualdades, da mobilidade social, dos movimento sociais e da ação coletiva. Mais recentemente, o seu principal foco de trabalho incide sobre as questões do risco e da vulnerabilidade social. É co-coordenador do Observatório do Risco (OSIRIS) e do Centro de Trauma, ambos criados no âmbito do CES.
Entre as suas publicações mais recentes, destacam-se Os lugares (im) possíveis da cidadania. Estado e risco num mundo globalizado (co-organizado com Pedro Araújo, Almedina, 2013) e Do ressentimento ao reconhecimento: vozes, identidades e processos políticos nos Açores (1974-1996) (Afrontamento, 2003). > saber mais

 

Maria Paula Meneses 

Maria Paula Meneses é investigadora do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra. É também membro do Centro de Estudos Sociais Aquino de Bragança, em Moçambique. De entre os temas de investigação com que trabalha atualmente assumem destaque os debates pós-coloniais; o pluralismo jurídico com especial ênfase para as relações entre o Estado e as "autoridades tradicionais" no contexto africano; e o papel da história oficial, da memória e das "outras" histórias no resgate de um sentido mais amplo de pertença no campo dos processos identitários contemporâneos, especialmente no contexto geopolítico africano.
Maria Paula Meneses tem lecionado em várias universidades, entre as quais estão a Universidade de Sevilha (Espanha); a SOAS (Reino Unido); a Universidade de Bayreuth (Alemanha); e a Universidade Federal Fluminense (Brasil).
Das suas obras publicadas destacam-se: O Direito por fora do Direito: as instâncias extra-judiciais de resolução de conflitos em Luanda (Co-organizado com Júlio Lopes, Almedina, 2012); Epistemologias do Sul (co-organizado com Boaventura de Sousa Santos, Cortez, 2012); Law and Justice in a Multicultural Society: The Case of Mozambique (co-organizado com Boaventura de Sousa Santos e João Carlos Trindade, CODESRIA, 2006).  > saber mais 

 

Sara Araújo

Sara Araújo é investigadora do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra e membro do Núcleo de Estudos sobre Democracia, Cidadania e Direito. É co-coordenadora do Projeto "ALICE, Espelhos Estranhos, Lições Imprevistas: Definindo para a Europa uma nova forma de partilhar as experiências do mundo", onde vem sendo desenvolvida reflexão e investigação a partir das propostas das Epistemologias do Sul. Doutorou-se em "Direito, Justiça e Cidadania no século XXI" da Universidade de Coimbra, com a tese "Ecologia de Justiças a Sul e a Norte. Cartografias comparadas das justiças comunitárias em Maputo e em Lisboa". Defendeu uma tese de Mestrado em Sociologia com o título "Pluralismo Jurídico e acesso à Justiça. O papel das instâncias comunitárias de resolução de conflitos em Moçambique", distinguida com o Prémio Agostinho da Silva, atribuído pela Academia de Ciências de Lisboa. Fez parte do Observatório Permanente da Justiça e do Centro de Formação Jurídica e Judiciária de Moçambique. Os seus interesses de investigação centram-se nos seguintes temas: pluralismo jurídico, acesso à justiça, justiça comunitária/resolução alternativa de conflitos/justiça informal, administração da justiça em África, direitos humanos e interculturalidade, ecologia de saberes e de justiças. > saber mais

 

Teresa Cunha

Teresa Cunha nasceu no Huambo em Angola e vive em Coimbra, Portugal. Doutorada em Sociologia pela Universidade de Coimbra. Realiza um projecto pós-doutoral sob o título: Women InPower Women. Democracy, dignity and good-living in Mozambique, South Africa and Brazil. É investigadora do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra. É Professora na Escola Superior de Educação de Coimbra, Formadora Sénior dos Centros Europeus de Juventude do Conselho da Europa e presidente da ONGD 'Acção para a Justiça e Paz'. Estudou teologia, filosofia, ciências da educação e sociologia. Os seus interesses de investigação são feminismos e pós-colonialismos no Índico; mulheres transição pós-bélica, seguranças e memórias; economias feministas; direitos humanos. Publicou os seguintes livros: Ensaios pela Democracia. Justiça, dignidade e bem-viver; Elas no Sul e no Norte; Vozes das Mulheres de Timor; Timor-Leste: Crónica da Observação da Coragem; Feto Timor Nain Hitu - Sete Mulheres de Timor; Andar Por Outros Caminhos; Raízes da ParticipAcção, para além de artigos em revistas científicas e capítulos de livros em vários países e línguas. > saber mais 

 

Coordenação do curso

Boaventura de Sousa Santos (Diretor do Projeto ALICE / Coordenação Geral)

Maria Paula Meneses (Coordenação Geral)

Sara Araújo (Coordenação Geral)

Rita Kacia Oliveira (Coordenação Executiva)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Datas importantes

 

Primeira fase de candidaturas  26 de outubro de 2015 a 15 de fevereiro de 2016
Notificação de aceitação ou não aceitação de candidatura  até 31 de março de 2016
Data limite para a inscrição antecipada  30 de abril de 2016
pagamento de propina até 1 de maio 2016
Data limite de inscrição tardia 30 de maio de 2016
pagamento de propina até 1 de junho de 2016
Data limite de pagamento de caução
(valor a descontar na propina)
20 de abril de 2016

 

 

Local da Escola de Verão

CHEGAR


A Escola de Verão irá decorrer no Hotel das Termas - Curia, Termas, Spa & Golf, localizado na Curia, região centro de Portugal, a cerca de 2 horas de Lisboa, 1 hora do Porto, 45 minutos de Aveiro e 30 minutos de Coimbra. A organização da Escola de Verão assegura transporte de Coimbra, cidade onde está instalado o Centro de Estudos Sociais, para a Curia.
Para chegar a Coimbra, pode viajar para os aeroportos de Lisboa ou do Porto através de diversas companhias aéreas. Pode também viajar de comboio a partir de Espanha.
O ponto de encontro será o Centro de Estudos Sociais, em Coimbra, no dia 22 de junho de 2016, pelas 11.00h.

A partir de Lisboa ou do Porto, pode chegar a Coimbra de carro ou de comboio.

A. Para obter informações sobre como chegar de carro, siga as ligações:

  • De Lisboa - 202 km - Veja as indicações aqui
  • Do Porto - 125 km - Veja indicações aqui.


B. Pode viajar comodamente de comboio, seguindo as orientações:

  • Do Aeroporto de Lisboa:

Deve dirigir-se à ESTAÇÃO DO ORIENTE para apanhar um comboio para Coimbra. Para chegar à Estação do Oriente, tem duas alternativas fáceis:

a) Táxi - O trajeto de táxi dura aproximadamente de 10 minutos e tem um custo de cerca de 10€.

b) Metro - Deve apanhar a linha vermelha e sair em "Oriente" (terceira paragem). O metro funciona entre as 6h30 e a 1h00m e os comboios circulam regularmente em intervalos de 7 a 10 minutos. O bilhete de metro, com o carregamento de uma viagem, custa 1,90€. Veja aqui o diagrama do metro de Lisboa.
No Oriente, apanhe um comboio até Coimbra-B  (o mais rápido é o Alfa-Pendular, 1h35m, 22,80€; seguido pelo Intercidades, 2h00m, 19,20€).

Veja Comboios de Portugal - CP

 

  • Do Aeroporto do Porto:

O aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto, fica a 11 km de distância da cidade. Um táxi do aeroporto até à estação de comboios  é dispendioso (20€-25€, com 20% de sobretaxa à noite e ao fim de semana). A maneira mais fácil e menos onerosa de chegar à estação será de metro. As direções para o Metro estão assinaladas em todo o aeroporto, basta seguir as setas e apanhar a Linha E (Violeta) do aeroporto para a estação de comboios de Campanhã. O metro parte a cada 20 minutos desde a manhã até depois da meia-noite e demora 32 minutos. O bilhete custa 2,20€ – um bilhete Z4 (zona quatro). Veja aqui informações sobre o metro do Porto.

Apanhe um comboio para Coimbra-B. Três tipos de serviços de comboios estão disponíveis na Estação de Campanhã: o Alfa Pendular (serviço mais rápido), o Intercidades e os comboios regionais. Os comboios Alfa demoram cerca de uma hora a chegar a Coimbra (16,70€). O Intercidades leva alguns minutos mais (13,20€).

Veja Comboios de Portugal - CP 


PASSEIOS PELA REGIÃO


A CURIA

A Curia situa-se no coração da Bairrada, uma região conhecida pelos vinhos ricos e aromáticos e pela gastronomia. Nesta zona, é possível visitar algumas das caves mais famosas do país e provar os seus vinhos e espumantes. A região proporciona a combinação entre um cenário tranquilo e bucólico e os palácios e palacetes de estilo Arte Nova, Belle Époque.

Parque Termal da Curia

O Parque Termal da Curia, aberto todo o ano, disponibiliza tratamentos de saúde e um conjunto de possibilidades aos que desejam tirar partido das águas termais em programas de spa, anti-stress e emagrecimento e aos que procuram simplesmente repousar. Na extensão do parque, encontram-se esplanadas, lagos, pontes e, sobretudo, muita frescura e sossego, garantindo aos visitantes um encontro com a natureza.

Museu do Vinho da Bairrada

Inaugurado a 27 de setembro de 2003, o Museu do Vinho da Bairrada comporta, para além da exposição permanente - Percursos do Vinho, exposições temporárias de arte contemporânea. O espólio em exposição é maioritariamente datado do último quartel do século XIX e da primeira metade do século XX. Recorrendo a novas tecnologias e aos mais modernos meios audiovisuais, este espaço museológico é local de acolhimento de diversas manifestações artísticas e culturais.

Associação Rota da Bairrada

A Associação Rota da Bairrada é um projeto público-privado que conta com 32 associados, entre os quais as oito Câmaras Municipais que compõem o território Bairrada (Anadia, Cantanhede, Oliveira do Bairro, Mealhada, Vagos, Águeda, Aveiro e Coimbra), instituições como o Museu do Vinho ou a Região de Turismo do Centro e a Comissão Vitivinícola; agentes da oferta turística, como Hotéis e restaurantes da região; e produtores de Vinho, como Luís Pato, Adega Campolargo, Adega Cooperativa de Cantanhede, Casa do Canto, Quinta do Ortigão, Quinta da Mata Fidalga, Aliança Vinhos de Portugal, Quinta de Baixo, Caves do Solar de São Domingos, Caves São João, Quinta do Encontro e Caves Primavera.
Na antiga estação de caminho-de-ferro da Curia, encontra-se o Espaço da Bairrada onde os visitabtes podem apreciar o edifício e a exposiçao permanente, bem como aceder a informação sobre as caves, as adegas, a gastronomia, a natureza, o património, a cultura e as atividades vínicas da região. É também possível comprar produtos da Bairrada, como vinhos ou artesanato. 

Aliança Underground Museum

O Aliança Underground Museum é um espaço de exposições que localizado nas caves da Aliança Vinhos de Portugal. O Espaço dispõe de oito coleções que incidem sobre arqueologia, etnografia, mineralogia, paleontologia, azulejaria, cerâmica e estanharia, abrangendo uma impressionante extensão temporal de milhões de anos.

Turismo Centro de PortugalTurismo de Coimbra

A região Centro, pela sua grande diversidade de paisagens culturais e ambientais, praias cristalinas, majestosas montanhas e rios, vilas medievais e uma vida noturna vibrante, oferece ampla gama de possibilidades aos seus visitantes.  


HOTEL DAS TERMAS


A Escola de Verão terá lugar no Hotel das Termas - Curia, Termas, Spa & Golf, localizado na Curia, região centro de Portugal, a cerca de 2 horas de Lisboa, 1 hora de Porto e 30 minutos de Coimbra. O hotel proporciona acesso ao Parque Termal da Curia e ao Campo de Golf da Curia. Está equipada com spa, banho turco, sauna, piscina de água quente, jacuzzi, piscina exterior e ginásio.

SPA

   

 


 

Sobre o Alice

ALICE – Espelhos Estranhos, Lições Imprevistas: Definindo para a Europa um novo modo de partilhar as experiência do Mundo.


O projeto ALICE visa repensar e renovar o conhecimento científico-social à luz das Epistemologias do Sul, propostas por Boaventura de Sousa Santos, com o objetivo de desenvolver novos paradigmas teóricos e políticos de transformação social.

Este projeto de investigação é dirigido por Boaventura de Sousa Santos e financiado pelo Conselho Europeu para a Investigação, uma das mais prestigiadas e competitivas instituições de financiamento internacional para a investigação científica de excelência em espaço europeu.

Porquê o projeto ALICE?

Assombra a Europa e o Norte Global, em geral, um sentimento de exaustão intelectual e política que traduz numa incapacidade de enfrentar, de modo inovador, os desafios da justiça social, ambiental, intergeracional, cultural e histórica que interpelam o mundo nas primeiras décadas do século XXI. Em contraste, o Sul global, na sua imensa diversidade, assume-se hoje como um vasto campo de inovação económica, social, cultural e política. ALICE assenta na aposta de que a transformação social, política e institucional pode beneficiar amplamente das inovações que têm lugar em países e regiões do Sul Global. Trata-se, no entanto, de uma aposta exigente que pressupõe a disponibilidade para o conhecimento recíproco, a compreensão intercultural, a busca de convergências políticas e ideológicas, respeitando a identidade e celebrando a diversidade.

 

 

Centro de Estudos Sociais (CES)

O projeto ALICE desenvolve-se no Centro de Estudos Sociais (CES) – Laboratório Associado da Universidade de Coimbra, Portugal.



O Centro de Estudos Sociais foi criado na Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra quatro anos depois do 25 de Abril de 1974, data da Revolução dos Cravos, e é, desde então, dirigido por Boaventura de Sousa Santos. À data da sua criação, era claro que Portugal devia conhecer-se melhor e conhecer a Europa, com quem vivia um momento de aproximação. Mas não podia ficar por aí. Tendo sido o povo Europeu com mais contactos extraeuropeus, Portugal estava numa posição privilegiada para servir como porta de vaivém entre a Europa e o mundo não europeu. Desde o início, alguns investigadores centraram-se no estudo da sociedade portuguesa, outros no espaço europeu e outros voltaram-se para os contextos latino-americano e africano. O contexto asiático surgiu no final da década de 1990.

O CES é, hoje, uma instituição científica vocacionada para a investigação e formação avançada na área das ciências sociais e humanas. Conta com um conjunto alargado de pessoas que desenvolvem investigação em diversas áreas. Entre o seu corpo de investigadores, encontram-se sociólogos, economistas, juristas, antropólogos, historiadores, especialistas das áreas da educação, da literatura, da cultura e das relações internacionais, geógrafos, arquitetos, engenheiros e biólogos.

Ao longo dos últimos anos, o CES conheceu uma assinalável expansão da atividade científica. O quadro dos seus investigadores tem aumentado constantemente, multiplicam-se os projetos de investigação, alargam-se as redes de cooperação internacional, crescem as atividades de cooperação com o meio exterior e os seus principais instrumentos de divulgação científica dão sinais de forte vitalidade.

Desde 1997, tem recebido a classificação de Excelente por um júri internacional no âmbito do Processo de Avaliação de Unidades de Investigação do, atual designado, Ministério da Ciência e Educação, vendo assim reconhecido os seus méritos científicos. Em fevereiro de 2002, foi concedido ao CES o estatuto de Laboratório Associado pelo então Ministério da Ciência com base em duas premissas centrais: em primeiro lugar, a capacidade demonstrada de desenvolver investigação inovadora sobre a sociedade portuguesa nas suas diferentes vertentes, bem como sobre as transformações atuais a nível mundial, com destaque para as sociedades semiperiféricas e do Hemisfério Sul, particularmente nos países de língua oficial portuguesa; em segundo lugar, o envolvimento do Centro com questões de interesse público, nomeadamente as políticas públicas e as novas formas de regulação; as relações entre o saber científico e a participação dos cidadãos; e o sistema legal e a reforma da administração da justiça.

A Universidade de Coimbra está situada na região centro de Portugal, na cidade de Coimbra. Com uma história que remonta a finais do século XIII, a UC é a universidade mais antiga de Portugal e uma das mais antigas da Europa. Em 22 de junho de 2013 foi declarada Património Mundial pela UNESCO.

 

Perguntas frequentes

1. Quem pode participar?
A Escola de Verão está aberta a quem tenha interesse, nomeadamente estudantes, académicos/as e profissionais de diferentes áreas do conhecimento. Também destina-se a ativistas e membros de organizações com atuação nas referidas áreas temáticas.

2. Quais as línguas de trabalho da Escola de Verão?
As aulas serão lecionadas em português, inglês e espanhol.

3. Os/as participantes terão antecipadamente acesso ao material de leitura da Escola de Verão?
Sim. Um mês antes do início do curso, os materiais de leitura serão disponibilizados por via eletrónica.

4. Onde e quando terá lugar a Escola de Verão?
A Escola de Verão terá lugar entre os dias 22 de junho e 30 de junho, 2016, no Hotel das Termas - Curia, Termas, Spa & Golf, localizado em Anadia, a cerca de 30km de Coimbra, Portugal.
Para mais informações, ver Local da Escola de Verão.

5. Onde ficarão alojados os participantes da Escola de Verão?
Os/as participantes ficarão alojados, em quarto partilhado, no Hotel das Termas - Curia, Termas, Spa & Golf, a cerca de 30km de Coimbra, Portugal. Para mais informações, ver Local da Escola de Verão.

6. Os/as participantes terão acesso a internet durante a Escola de Verão?
Sim, o Hotel das Termas - Curia, Termas, Spa & Golf, dispõe de rede sem fios.

7. Os/as participantes da Escola de Verão receberão um certificado de participação?
Sim. Todos/as os/as participantes terão direito a um certificado de participação.

8. Até quando é possível apresentar candidaturas e qual a data limite para pagamento?
As candidaturas abrem a 26 de outubro de 2015. Até ao dia 20 de abril, 2016, os/as candidatos/as aceites deverão proceder ao pagamento de um depósito no valor de 100€. Se efetuarem o registo até ao dia 30 de abril de 2016, beneficiam de uma taxa reduzida. A data limite para pagamento é o dia 1 de maio de 2016 (inscrição antecipada) ou 1 de junho (inscrição tardia, com custos acrescidos).
Para mais informações, ver candidatura, inscrição e propina e datas importantes.

9. A propina inclui alojamento?
Sim. A propina/taxa de inscrição inclui a participação nos seminários; alojamento em quarto partilhado; pequenos-almoços, almoços e jantares nos dias de aulas; lanches; materiais de leitura e o transporte de Coimbra para a Curia. A propina não inclui a viagem para Coimbra. Veja Candidatura, inscrição e propina.

10. A propina inclui refeições?
Sim. A propina inclui a participação nos seminários; alojamento em quarto partilhado; pequenos-almoços, almoços e jantares nos dias de aulas; lanches; materiais de leitura e o transporte de Coimbra para a Curia. A propina não inclui a viagem para Coimbra. Veja Candidatura, inscrição e propina.

11. Ao efetuarem a inscrição e o pagamento, os/as participantes recebem uma confirmação?
Sim. Quando procedem ao registo, receberão a confirmação com a informação para procederem ao pagamento. Assim que concluírem o pagamento, recebem uma confirmação da transação.

12. Os/as participantes podem solicitar documentação para efeitos de visto ou fundos de apoio?
A comissão organizadora não ficará responsável pela obtenção de vistos ou fundos de apoio. No entanto, está disponível para prestar apoio aos/às participantes. Os/as participantes podem solicitar à organização documentos necessários para a viagem ou obtenção de fundos, nomeadamente cartas e/ou certificados. Para qualquer questão relacionada com estes assuntos, por favor contacte-nos: alicesummerschool@ces.uc.pt 

13. É necessário obter  um seguro de viagem?
Cada participante deve estar coberto por um seguro de acidentes pessoais, incluindo assistência médica em caso de emergência. Recomendamos que adquira também um seguro de viagem. Por favor, note que deve trazer as suas apólices consigo.

14. É possível aceder a informações sobre o programa social da Escola de Verão?
Informações detalhadas sobre o programa social estarão disponíveis no programa da Escola de Verão. O programa social incluirá o visionamento de filmes, experiências gastronómicas e musicais, workshops, entre outras.


CONTACTO
alicesummerschool@ces.uc.pt 

 

ALICE Summer School I

ESCOLA DE VERÃO "APRENDER COM O SUL: CAMINHANDO PARA TRADUÇÕES INTERCULTURAIS"

CURIA, PORTUGAL, 30 DE JUNHO A 8 DE JULHO DE 2014

Esta escola de verão internacional, constituída por um conjunto de seminários conduzidos em inglês, é parte de uma iniciativa política e intelectual mais ampla, o projeto ALICE. O ALICE procura repensar e renovar o conhecimento científico à luz das Epistemologias do Sul propostas por Boaventura de Sousa Santos. O objetivo é desenvolver novos paradigmas teóricos e políticos de transformação social.

Assombra a Europa e o Norte Global, em geral, um sentimento de exaustão intelectual e política que se traduz numa incapacidade de enfrentar, de modo inovador, os desafios da justiça social, ambiental, intergeracional, cultural e histórica que interpelam o mundo nas primeiras décadas do século XXI. Em contraste, o Sul global, na sua imensa diversidade, assume-se hoje como um vasto campo de inovação económica, social, cultural e política. Assenta na aposta de que a transformação social, política e institucional pode beneficiar amplamente das inovações que têm lugar em países e regiões do Sul Global. Trata-se, no entanto, de uma aposta exigente que pressupõe a disponibilidade para o conhecimento recíproco, a compreensão intercultural, a busca de convergências políticas e ideológicas, respeitando a identidade e celebrando a diversidade.

Veja o convite de Boaventura de Sousa Santos:

 

 

ANIMADA PELO MOTE “APRENDER COM O SUL E A PARTIR DO SUL”, ESTA ESCOLA DE VERÃO PROCURA IDENTIFICAR PISTAS SOBRE AS POSSIBILIDADES DE TRANSFORMAÇÃO POLÍTICA E INSTITUCIONAL A PARTIR DAS INOVAÇÕES QUE TÊM LUGAR EM VÁRIOS CONTEXTOS DO SUL GLOBAL.

Os seminários, coordenados por académicos/as de reconhecimento internacional, cobrem tópicos tão diversos, como

a diversidade democrática do mundo;
as lutas sociais no Sul global em torno da democratização e da libertação colonial e pós-colonial;
os movimentos de refundação do Estado e transformação das constituições a partir de baixo;
as alternativas à acumulação capitalista infinita e à degradação ambiental;
os direitos humanos a partir da perspetiva dos diálogos interculturais e de outras gramáticas da dignidade humana;
a mobilização jurídica transnacional como estratégia de promoção de políticas e de direitos (das mulheres, dos indígenas, dos camponeses, etc.);
as lutas por alternativas ao desenvolvimento.

Este curso é organizado a partir do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, em Portugal.

 

Entre o corpo docente, encontram-se académicos reconhecidos, com origem na Europa, em África e nas Américas: Boaventura de Sousa Santos, Valentin Mudimbe, Cecilia M. Santos, José Manuel Mendes, César Rodríguez-Garavito, Maria Paula Meneses, Cristiana Bastos, Oscar Guardiola-Rivera, Albie Sachs, Sharit Bowmit.

Veja aqui informação detalhada sobre o corpo docente.

Espera-se que os estudantes disponham de um ambiente calmo e reflexivo, que lhes permita participar em discussões animadas com colegas e professores.

Contacto da organização
alicesummerschool@ces.uc.pt 

 

 

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