Sessão cinematográfica

"Mãe dos netos" de Isabel Noronha e Vivian Altman  e "Ngwenya, o Crocodilo" de Isabel Noronha

27 de maio de 2014, 21h30

Auditório do Mosteiro de Santa Clara-a-Velha (Coimbra)

Sinopse | "Mãe dos Netos” é uma das inúmeras histórias resultantes do drama do HIV/AIDS em Moçambique que, inexoravelmente, vai rasgando o tecido familiar criando um vazio de figuras adultas e deixando nas mãos dos idosos o cuidado de um sem número de crianças.
Usando como técnica uma mistura de animação e documentário, este pequeno filme narra a história de Vovó Elisa cujo filho e as respectivas oito esposas faleceram, deixando ao seu cuidado 14 crianças.

- Prémio KUXA-KANEMA, do Fundo de Apoio à Cultura, melhor filme  moçambicano em 2008.
- Menção honrosa especial do júri no Festival Terra di Tutti, Bolonha, Itália, em 2010.

Produtor: Camilo de Sousa | Produção: Ébano Multimedia | Duração: 07 minutos | Moçambique 2008
 


Sinopse | Karingana Wa Karingana, era uma vez “Ngwenya, o crocodilo”, cujo espírito falava uma Língua inventada por ele mesmo e voava em sonhos por um universo fantástico que só as cores podiam traduzir.

Era uma vez Xiluva, uma menina cujo destino foi mudado pela chegada à sua vida de Nospa, uma mulher Ronga, vinda de um universo mágico, que a embalou nas suas costas e compôs para ela uma canção mágica que a fez viver.

Um dia, Xiluva conheceu Cecília, filha de Malangatana, viu os seus desenhos e achou que  era ele quem poderia traduzir em palavras esse universo sensorial a que sabia pertencer, mas não podia nomear. Malangatana prometeu-lhe que, quando ela crescesse, iria levá-la a conhecer esse lugar mágico onde tudo está inscrito, sem precisar de palavras para se escrever. 

Trinta anos depois, a viagem prometida começa: partem juntos à procura das chaves para a compreensão do universo que faz de Malangatana quem ele é. Durante essa viagem a tela de Malangatana percorre memórias sensoriais e histórias de infância, medos nocturnos e histórias míticas, lembranças eróticas e  histórias de fogueira, reflectindo, cada dia, os contornos oníricos e as infinitas cores do seu Palácio Sagrado: Ele mesmo.

Mais do que um filme sobre a vida e obra do Pintor Malangatana, este filme é uma viagem ao universo de um Homem que, não só se tornou um mito, como criou, mais do que uma linguagem artística própria, uma verdadeira Língua para escrever um mundo inscrito dentro de si.
- Prémio “Janela para o Mundo”, melhor documentário de África, Ásia e América Latina, Festival de Cinema de Milão, 2009.

Produtor: Camilo de Sousa | Co-produção: Ébano Multimédia e Animatógrafo/Filmes Fundo | Duração: 90 minutos | Moçambique, 2007

 


Organização: Centro de Estudos Sociais / Doutoramento em Pós-Colonialismo e Cidadania Global e Fila K Cineclube
Parceiros: AfrikPlay | Filmes à Conversa (um projecto do CEI-IUL e do CRIA — ISCTE-IUL), Cena Lusófona.